“O Caminho para a Luz porque passa pela Luz” é uma exposição que resulta da relação mecenática do Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC) com a Fundação Millennium bcp na recuperação de um espaço do edifício que se encontrava em ruínas, recordam as entidades parceiras em comunicado.
A exposição, na qual se juntam exemplares de outras coleções nacionais e estrangeiras, públicas e privadas, tem curadoria de João Biscainho, e reúne obras que “despertam no espectador uma consciência sobre a experiência estética e o ato percetivo como construção cerebral”.
Maria Helena Vieira da Silva, Bernhard Leitner, Henrique Risques Pereira, Fernando Lemos, Jorge Pinheiro, Brion Gysin, Ian Sommerville, Silvestre Pestana, Paulo Bruscky, Char Davies, Varela Pécurto, Alvin Lucier, Hélder Rodrigues, Emanuel Dimas de Melo Pimenta, Manuel D’Assumpção, Suzanne Dikker e Matthias Oostrik são os artistas representados na mostra.
O título “O Caminho para a Luz porque passa pela Luz” é retirado de um poema de 1980, de Alberto de Lacerda, caligrafado nesse mesmo ano por Vieira da Silva, e desdobra-se em duas linhas de investigação.
Uma trabalha as diferentes formas de representação e composição espacial como estratégias de notação de espaços mentais, sonoros ou literários, mas também como protótipos da noção de realidade virtual, segundo a curadoria.
A outra linha “expande as mais tradicionais linguagens da representação, a partir do conhecimento das neurociências, apresentando obras que induzem o espectador a determinados estados mentais ou sensações”, indica o texto de João Biscainho sobre a exposição que inaugura a Galeria Millennium bcp.
Noutros casos, “são os artistas e espectadores que consubstanciam as obras a partir da sua própria atividade elétrica cerebral como linguagem poética, sonora ou visual”, acrescenta sobre uma mostra que reúne peças de artistas portugueses e estrangeiros.
Esta exposição contará com uma publicação, com textos inéditos, de investigação, do curador, e do neurocientista Semir Zeki, bem como com reproduções de todas as obras e documentação, com edição MNAC/Tinta-da-China.
A programação da nova ala “será da responsabilidade” do MNAC, que apresentará curadorias internas e/ou de curadores convidados, e contará sempre com o mecenato da Fundação Millennium bcp, indicam os parceiros.
“O Caminho para a Luz porque passa pela Luz” ficará patente até 14 de novembro, na Galeria Millennium bcp do Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa.
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