O museu “vai ser temporariamente transferido para três edifícios camarários para que a atual sede possa ser intervencionada”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro.
A intervenção no Museu Dr. Joaquim Manso foi anunciada pelo ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, na Assembleia da República, durante a audição parlamentar da passada terça-feira, e as negociações foram confirmadas hoje à Lusa pela Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC), que tutela aquele equipamento.
Segundo a DRCC, “estão a decorrer negociações entre o Ministério da Cultura e a Câmara Municipal da Nazaré para determinar a intervenção a desenvolver no edifício do Museu Dr. Joaquim Manso”.
A DRCC, porém, ainda não avançou datas para o início da obra nem o tipo de intervenção que irá ser feita.
Questionado pela Lusa, o presidente da Câmara adiantou que a autarquia “aguarda que o Ministério [da Cultura] envie um protocolo, definindo os termos do que irá ser feito”.
O protocolo deverá estabelecer que a autarquia se assumirá como dona da obra, e delegar competências para a intervenção que “os serviços estimam que possam rondar os 250 mil e os 300 mil euros”.
A par da obra agora anunciada mantém-se em aberto, de futuro, a construção de um novo edifício.
O encerramento do museu aos fins de semana, anunciada em outubro do ano passado, verificou-se por razões de segurança e decorreu “da verificação técnica da inadequabilidade física do edifício, para receber maiores fluxos de visitantes”, como então explicou a DRCC.
O museu abriu ao público em 1976, na antiga casa de férias do escritor e jornalista Joaquim Manso, fundador do Diário de Lisboa, que foi doada ao Estado em 1968 para esse fim, pelo nazareno Amadeu Gaudêncio.
Localizado no Sítio da Nazaré, junto ao Promontório, o museu é dedicado à identidade histórico-cultural da região, com incidência na cultura do mar.
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