“Negamos que continuamos a fazer crescer a economia à custa do bem mais precioso que temos, o ambiente”, afirmou André Silva no debate do estado da nação, na Assembleia da República, em Lisboa, centrando a sua intervenção no “estado de negação”.
Um “estado de negação” na política energética, quando o “Governo já assume a contradição de querer descarbonizar a economia e cumprir as metas de Paris, explorando petróleo na costa Portuguesa”, disse.
Para o deputado André Silva, “mesmo a nível macroeconómico e financeiro”, continua-se em “estado de negação”.
“Em vez de optarmos por iniciar o processo de negociação da dívida externa, libertando assim o país do peso dos juros e acrescentando liquidez à economia, aguardamos o aval dos omniscientes mercados e da omnipresente burocracia Europeia”, exemplificou.
Por isso, e perante o impasse, o executivo “continua com dificuldades em financiar o Serviço Nacional de Saúde, em concretizar o descongelamento na progressão das carreiras dos docentes e em priorizar, de uma vez por todas, o setor da Cultura em Portugal”, concluiu.
Para André Silva, é necessária uma mudança mais profunda, de paradigma.
"De nada vale tentar solucionar as assimetrias entre regiões ou encontrar respostas do estado para solucionar os problemas da saúde, da educação, da pobreza, da violência e da intolerância, das desigualdades sociais e económicas, enquanto não fizermos a mudança de paradigma de como vivemos, produzimos, consumimos e gerimos os recursos comuns", disse.
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