
Para os tailandeses, os gatos são animais que dão sorte. Por isso, oferecer um gato para uma casa nova significa votos de um lar estável. Assim, na cerimónia privada de bênção da Residência Real, que foi realizada no sábado na residência de Chakrabat Biman, um gato siamês marcou presença, juntamente com outros objetos e animais simbólicos, conta a Reuters.
No domingo de manhã, vários meios de comunicação tailandeses publicaram uma fotografia de dois funcionários do palácio, de uniforme, ao lado de um gato siamês e um galo branco. A imagem, distribuída pelo Bureau of the Royal Household, não tinha legenda. À tarde, a polémica começou: os animais eram verdadeiros?
À Reuters, um funcionário do palácio referiu que "a cerimónia real exige o uso de um galo e um gato. O foco não deve ser o facto de os animais serem verdadeiros ou não, porque o ritual em si é o que importa". Apesar disto, não foi confirmado se o gato e o galo eram ou não reais.
A página do Facebook ThaiCat.com publicou mensagem de um criador de gatos que diz ter sido inicialmente convidado a escolher dois machos de gatos siameses para a cerimónia, mas os gatos acabaram por não ser utilizados. "Sinto-me grato pela gentileza de Sua Majestade por sentir compaixão pelos gatos, temendo que sofressem por esperar demasiado durante as cerimónias, pelo que não foram usados", referiu.
Adensou-se o mistério.
O rei Vajiralongkorn da Tailândia foi coroado no sábado numa sumptuosa cerimónia no Grande Palácio Real, em Banguecoque.
O monarca foi acompanhado pela sua mulher, a rainha Suthida, general da força de segurança do palácio e ex-comissária de bordo. Poucos dias antes da sua coroação, o rei da Tailândia causou grande surpresa ao anunciar que se tinha casado com a sua companheira, com quem mantinha um relacionamento há anos e que era também sua guarda-costas. Suthida Vajiralongkorn tornou-se, assim, rainha Suthida.
Na coroação, para além de Suthida, estiveram ainda presentes membros do Governo e do Conselho Privado do rei.
Pelo menos 10 mil membros das forças de segurança foram mobilizados em torno do palácio, onde as cerimónias de coroação duram até hoje, segunda-feira, com um orçamento de mil milhões de bat (cerca de 27,9 milhões de euros).
Vajiralongkorn, décimo monarca da dinastia Chakri, foi proclamado rei em dezembro de 2016, três meses após a morte do seu pai, o rei Bhumibol Adulyadej, que reinou por sete décadas.
O rei, de 66 anos, deverá enfrentar comparações em relação ao seu pai, que foi muito trabalhador e profundamente respeitado pelos tailandeses.
Vajiralongkorn passa longos períodos no estrangeiro, pelo que conquistar a sua posição entre a população tailandesa poderá levar tempo.
O soberano participou em dois eventos de alto nível em 2015, levando milhares de tailandeses em massa a eventos de ciclismo para marcar os aniversários dos seus pais.
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