“As escolhas dos autarcas para os diferentes serviços municipais é uma competência exclusiva dos senhores presidentes de Câmara Municipal que não me cumpre comentar”, disse José Luís Carneiro.
Sublinhando que cabe aos órgãos autárquicos fazer o escrutínio desta decisão e que já conversou com a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, sobre o tema, José Luís Carneiro disse que confia na palavra da governante.
“Quando a senhora secretária de Estado da Proteção Civil me deu conta de que tinha sido interpelada pela comunicação social para explicar essa situação, perguntei-lhe se algum dia tinha conversado com o senhor presidente da Câmara [do Barreiro]. Ela disse-me que não. Eu tenho por hábito confiar na palavra das pessoas”, afirmou.
Perante a insistência dos jornalistas, José Luís Carneiro acrescentou duas perguntas à questão: “É ilegal? Não. A escolha foi de algum responsável da Administração Interna? Não”, disse.
No Porto, à margem de uma conferência que decorreu na Universidade Portucalense, o ministro da Administração Interna disse que não conhece a pessoa que foi nomeada e que ficou a saber que esta polémica até já gerou perguntas numa Assembleia Municipal.
“Só os órgãos autárquicos poderão comentar a razão da escolha de uma pessoa que, aliás, não conheço, mas pude ler pela comunicação social que é alguém que tem um percurso ligado à Proteção Civil. Devemos refletir sobre o que dizemos e fazemos no espaço público. Os órgãos autárquicos têm feito esse escrutínio. Li na comunicação social que houve uma Assembleia Municipal e a questão foi levantada”, referiu.
Na quinta-feira foi noticiado que o namorado da secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, foi nomeado coordenador da Proteção Civil do Barreiro.
Em causa está uma autarquia liderada pelo socialista Frederico Rosa, de quem Patrícia Gaspar foi mandatária nas últimas eleições autárquicas.
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