“Os controlos policiais serão fortalecidos para impedir que as pessoas entrem na sua segunda casa ou em resorts turísticos. Aqueles que não puderem justificar a sua deslocação serão penalizados”, afirmou Luciana Lamorgese ao jornal Corriere della Sera.

A ministra justificou que os italianos devem ficar em casa também na Páscoa para “permitir que a Itália saia o mais rápido possível” da situação pandémica.

A pandemia de covid-19 já matou mais de 18.000 pessoas na Itália, onde as pessoas estão em isolamento social há um mês, sendo autorizadas apenas saídas essenciais relacionadas com o trabalho ou a saúde.

Apesar da proibição imposta aos italianos de não deixarem o seu município de residência, as autoridades temem que os três dias do fim de semana de Páscoa, combinados com o bom clima da primavera, motivem as pessoas a fazer-se à estrada, algo que implica risco de novos surtos da epidemia.

“Compreendo que fechados em casa e com a chegada do verão os italianos queiram voltar à normalidade (…), mas não podemos baixar a guarda agora com comportamento irresponsável”, frisou Luciana Lamorgese.

Ainda de acordo com dados da ministra do Interior italiana, desde 11 de março, data do início do confinamento em Itália, a polícia local controlou quase seis milhões de pessoas e multou mais de 220.000.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 94 mil.

Dos casos de infeção, mais de 316 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 811 mil infetados e mais de 65 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 18.279 óbitos em 143.626 casos confirmados até hoje.