"O que Portugal tem insistido é que métricas não vale a pena, é um absurdo. Se falarmos em 2% [do Produto Interno Bruto] para Portugal é um absurdo se compararmos com outros países. Portugal é muito mais fornecedor de Defesa e Segurança a nível glo
bal do que países com orçamentos de Defesa muito superiores", afirmou Azeredo Lopes.
O compromisso assumido pelos membros da NATO é atingir os 2% dos respetivos PIB nacionais em despesas com Defesa até 2024.
Em resposta a deputados do PSD na comissão parlamentar de Defesa, o ministro reiterou que Portugal cumpre os seus compromissos mas que a posição defendida é que "é possível e necessário fazer uma avaliação substantiva que tenha em consideração indicadores" para além das métricas.
Azeredo Lopes adiantou que propôs à ministra espanhola da Defesa, na recente cimeira luso-espanhola, que "os países que são confrontados com essas métricas possam contrapor um conjunto de critérios que ajudem ao debate e permitam demonstrar uma avaliação mais rica e transversal".
"O nosso esforço de Defesa não envergonha ninguém", comentou. A seguir a "métrica dos 2% do PIB" na contabilização dos gastos com Defesa, Portugal até terá baixado um pouco dos 1,38% em que se encontra segundo a tabela NATO, devido ao crescimento do Produto Interno Bruto.
Questionado pelo PS sobre o mesmo tema, Azeredo Lopes revelou que "quase forçou" um encontro com o secretário da Defesa norte-americano, James Mattis, na cimeira de maio, para lhe dar conta do interesse "em apresentar os pontos de vista de Portugal" sobre esta matéria.
"E recebi recentemente uma carta a dizer que podíamos marcar uma reunião, que espero interessante, a breve praxo em Washington", acrescentou.
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