Numa conferência de imprensa no final de uma reunião de emergência dos 29 membros da aliança atlântica sobre os contributos financeiros, e questionado sobre uma hipotética ameaça de os Estados Unidos se retirarem da organização transatlântica, Trump disse que provavelmente o poderia fazer, “mas não é necessário”, face à resposta dada pelos aliados, que aumentaram em 33 mil milhões de dólares as despesas desde o ano passado, montante que pode chegar aos 40 mil milhões.

“Ontem (quarta-feira, primeiro dia da cimeira), fiz-lhes saber que estava extremamente descontente. Hoje, fizemos progressos tremendos. Todos na sala concordaram pagar mais e pagar mais rapidamente, como nunca antes. A NATO está muito mais forte hoje do que há dois dias”, disse.

Uma reunião extraordinária entre os chefes de Estado e de Governo da NATO foi convocada hoje de urgência em Bruxelas para debater o aumento das despesas militares dos aliados, indicaram fontes diplomáticas.

Donald Trump reiterou a necessidade de todos os aliados cumprirem a meta de consagrarem 2% do Produto Interno Bruto (PIB) a despesas em Defesa, uma meta estabelecida na cimeira do País de Gales para o prazo de uma década, considerando “injusto” os Estados Unidos assumirem “quase 90%” dos encargos da Aliança.

“Todas as nações da NATO têm de cumprir o compromisso de 2%, e têm obrigatoriamente de alcançar os 4%”, voltou a defender num ‘tweet’, depois de já ter feito essa exigência na reunião de chefes de Estado e Governo da aliança atlântica na quarta-feira.

No entanto, confessou esperar que tem esperança que a NATO consiga "dar-se com a Rússia", de acordo com o The Guardian.

Quanto confrontado com a questão se tinha realmente "ameaçado sair da NATO" por parte de um jornalista, Trump respondeu respondeu apenas "que ficaria muito infeliz caso [os países membros] não subissem os seus compromissos [com a defesa] substancialmente", o que posteriormente se veio a verificar.