No total, cerca de 373 milhões de eleitores são chamados às urnas para escolher a composição do Parlamento Europeu nos próximos cinco anos, elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura que agora termina.
Os portugueses elegem 21 eurodeputados.
Apesar de algumas regras comuns, como a representação proporcional, cada membro da UE organiza o ato eleitoral de acordo com as suas próprias regras eleitorais, pelo que a votação decorre em dias e de formas diversas.
Os Países Baixos são os primeiros a votar, hoje, e segue-se, na sexta-feira, a Irlanda. Na República Checa vota-se em dois dias, sexta-feira e sábado.
No sábado, vão às urnas os cidadãos da Letónia, Malta e Eslováquia. Em Itália a votação também decorre em dois dias, sábado e domingo.
Nos restantes 20 países, incluindo Portugal, a votação decorre no domingo.
A grande questão em relação a estas eleições é a subida dos partidos da extrema-direita e eurocéticos, como indicam sondagens e projeções, e qual será o impacto nas políticas europeias.
Segundo a projeção mais recente do Euro Elects, que analisa dados eleitorais, o Partido Popular Europeu (PPE, centro-direita, inclui PSD e CDS-PP) lidera as intenções de voto, seguido dos Socialistas&Democratas (centro-esquerda, integra o PS).
Os liberais do Renovar a Europa (em que se insere o Iniciativa Liberal) são os que poderão perder mais lugares (dos atuais 102 para 86).
Mesmo assim, estes três grupos centristas, que formam uma coligação informal no Parlamento Europeu, manteriam a maioria absoluta, com um total de 404 dos 720 lugares.
O grupo de extrema-direita Identidade e Democracia (ID, que inclui o Chega) poderá subir dos atuais 49 para 68 lugares, enquanto os Conservadores e Reformistas Europeus (ECR) conseguem 75 lugares (69 há cinco anos).
À esquerda, os Verdes (inclui o Livre) podem cair dos 72 para 56 lugares, enquanto a Esquerda (inclui PCP e Bloco de Esquerda) tem 39 lugares projetados, mais dois que agora.
Uma campanha lançada pelo Parlamento Europeu para promover e incentivar a participação do eleitorado nos 27 Estados-membros teve como lema “Usa o teu voto. Ou outros decidirão por ti” e mostrou europeus a relatar as suas experiências durante guerras e conflitos para destacar a importância de continuar a defender a democracia.
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