A mensagem, entretanto apagada, exigia que fosse removida a sua música do Spotify devido à desinformação presente no podcast de Joe Rogan.

"Podem ter o Rogan ou o Young. Não os dois", lia-se na carta aberta, citada pelo The Guardian.

"Eu estou a fazer isto porque o Spotify está a espalhar desinformação quanto às vacinas — e potencialmente causando a morte àqueles que acreditam na desinformação que lhes tá a ser dada", adiantou.

Em causa está o "The Joe Rogan Experience" (JRE), o podcast do comentador de UFC, comediante e entertainer, que neste momento é o mais popular da plataforma, que assegurou em 2020 os direitos exclusivos da sua divulgação após a assinatura de um contrato de 100 milhões de dólares.

"Com aproximadamente 11 milhões de ouvintes , o JRE, que é disponibilizado em exclusivo no Spotify, é o maior podcast do mundo e tem uma influência tremenda. O Spotify tem a responsabilidade de mitigar o alastrar da desinformação na sua plataforma, apesar da empresa não ter uma política nesse sentido", escreveu Young.

O artista fez saber que queria que a plataforma retirasse as suas músicas no imediato. Todavia, não só ainda estão disponíveis para audição, como a carta foi removida do website.

Frank Gironda, o agente de Young, confirmou que a carta é verdadeira e foi dirigida a si e a Tom Corson, co-presidente e COO da Warner Records. "É algo muito importante para o Neil. Ele está muito chateado, estamos a tentar perceber como resolveu isto", disse.

Esta não é a primeira vez que Rogan é visado pelas suas posições quanto às vacinas. Mais recentemente, o podcaster esteve a conversar com Robert Malone, virologista que trabalhou na tecnologia mRNA que serviu de base para algumas das vacinas contra a covid-19, mas que tem vindo a ser acusado de espalhar desinformação. Ambos foram criticados por defender teorias da conspiração, como a teoria falsa de que os hospitais estão a ser financiados para diagnosticar fraudulentamente mortes como se tivessem sido causadas pela covid-19 para empolar as vítimas da pandemia.

Como tal, em dezembro de 2021, 270 médicos e cientistas assinaram uma carta aberta a pedir à empresa sueca que coloque em prática uma política contra a desinformação devido ao "historial preocupante de transmitir desinformação, particularmente quanto à pandemia da covid-19" de Rogan.

Rogan, de resto, já foi suspenso da rede social Twitter devido a vários posts de informação dúbia quanto à pandemia

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