"Benjamin Netanyahu teve uma reunião com o diretor da Mossad e com o diretor do Shin Bet (serviços de inteligência interna de Israel), e aprovou uma nova ronda de negociações nos próximos dias em Doha e no Cairo (...) para avançar", afirmou o seu gabinete em comunicado.
Desde a adoção pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, na segunda-feira, de uma resolução a apelar a um "cessar-fogo imediato", Israel e o Hamas acusam-se mutuamente da incapacidade de chegar a um acordo sobre uma trégua, após quase seis meses de guerra entre o exército israelita e o movimento islamita palestiniano na Faixa de Gaza.
O Qatar, que atua como mediador entre Israel e o Hamas, afirmou na terça-feira que as negociações sobre uma trégua e a libertação de reféns continuavam, mas as partes e os mediadores divulgaram poucas informações desde então.
O gabinete de Netanyahu acrescentou que o primeiro-ministro tinha falado com o chefe da Mossad, David Barnea, sobre as negociações, mas não disse se Barnea se deslocaria a Doha ou ao Cairo para as conversações.
A guerra começou com o ataque do Hamas contra Israel no dia 7 de outubro, que deixou pelo menos 1.160 mortos, a maioria civis, segundo um balanço da AFP, baseado em dados divulgados pelas autoridades israelitas.
Segundo o governo de Israel, os combatentes islamitas sequestraram quase 250 pessoas e 130 destas permanecem retidas em Gaza (das quais 34 terão morrido).
Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e iniciou uma vasta operação que deixou mais de 32.623 mortos, a maioria mulheres e menores de idade, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
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