“Israel continuará a tomar medidas práticas ativas para atingir este objetivo”, anunciou hoje o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, num comunicado.
A decisão, saída de uma reunião do gabinete de segurança de Israel, na segunda-feira à noite, surgiu horas depois de Netanyahu ter falado da necessidade duma “mudança radical” na fronteira israelo-libanesa.
Numa reunião com um enviado norte-americano, Amos Hochstein, o primeiro-ministro “afirmou clara e firmemente que não será possível fazer regressar os nossos cidadãos sem uma mudança radical na situação de segurança no norte” de Israel, indicou o gabinete de Netanyahu num comunicado.
Os Estados Unidos opõem-se a uma escalada ou ofensiva militar contra o Líbano, algo que o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, descreveu na segunda-feira como a “única solução possível”.
O número dois do Hezbollah, Naïm Qassem, declarou no sábado que o grupo “não tinha qualquer intenção de ir para a guerra [mas] se Israel iniciar uma guerra, nós enfrentá-la-emos e as perdas serão enormes para nós e para eles”.
A paz muito relativa e frágil que reinava desde o fim da guerra de 33 dias entre Israel e o Hezbollah, no verão de 2006, transformou-se numa guerra latente desde que o movimento armado libanês reabriu a frente de combate, a 08 de outubro, em solidariedade com o movimento islamita palestiniano Hamas.
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) é alvo de uma guerra de retaliação de Israel na Faixa de Gaza para o “erradicar”, em resposta ao ataque que cometeu um dia antes, 07 de outubro, em território israelita, matando 1.194 pessoas, na maioria civis, e sequestrando 251.
Os combates transfronteiriços israelo-libaneses levaram à deslocação de dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados e há meses que fazem temer o alastramento do conflito a toda a região do Médio Oriente.
De acordo com um balanço da agência de notícias francesa France-Presse, o fogo cruzado na fronteira entre Israel e o Líbano já fez 624 mortas no Líbano, a maioria dos quais combatentes, mas pelo menos 141 civis foram também mortos.
Do lado israelita - incluindo nos Montes Golã sírios anexados por Israel -, as autoridades confirmaram a morte de pelo menos 24 soldados e 26 civis.
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