O levantamento, feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), foi divulgado hoje e indicou que o resultado é maior do que os 65,1% observados em novembro de 2019 e superior aos 59,8% registados em dezembro de 2018.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avaliou que o resultado, apesar de ligar o sinal de alerta, não pode ser considerado negativo.

"A tendência de alta do endividamento está associada à ampliação do mercado de crédito ao consumidor, impulsionada por fatores como a melhora recente no mercado laboral, sobretudo no emprego formal, e a redução das taxas de juros para patamares mínimos históricos, o que permitiu a redução do custo do crédito", disse Tadros.

A pesquisa também destacou que a parcela média da renda comprometida pelas famílias brasileiras com dívidas aumentou no comparativo anual, mas recuou em dezembro.

"As parcelas estão menores, e as famílias têm conseguido se organizar para acomodar os pagamentos dentro do orçamento mensal", afirmou Marianne Hanson, economista e responsável pela pesquisa da CNC.

O cartão de crédito permaneceu sendo o principal tipo de dívida das famílias brasileiras e atingiu, em dezembro de 2019, seu maior patamar na série histórica (79,8%).