De acordo com as últimas estimativas do governo ucraniano, o bombardeamento russo às infraestruturas energéticas ucranianas levou a uma redução para metade da produção de eletricidade da Ucrânia desde o inverno passado.

O primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Store, afirmou em comunicado que seu governo está em "constante diálogo com a Ucrânia sobre como utilizar estes fundos de forma mais eficaz" e reforçou que é importante começar a reparar as infraestruturas antes da chegada do inverno.

Mais de 11 milhões de dólares foram destinados a reparações de infraestruturas na região de Kharkiv, nordeste do país, duramente afetada por recentes ataques russos, segundo um comunicado publicado enquanto Store está na Suíça, para participar na cimeira pela paz na Ucrânia.

Oslo também prometeu  7 mil milhões de dólares para o período de 2023 a 2027, em ajuda militar e civil.

Estes fundos são doados anualmente para cobrir as necessidades da Ucrânia, após o país ter sido invadido pela Rússia, em fevereiro de 2022.

E aumenta ajuda com 4,3 milhões de euros para proteção civil

A Noruega vai ainda aumentar a sua ajuda à Ucrânia com mais 50 milhões de coroas norueguesas (4,3 milhões de euros) para a área da proteção civil, anunciou hoje o Governo do país nórdico.\

Os recursos para a proteção civil serão fornecidos pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância.

“A guerra ilegal da Rússia contra a Ucrânia continua em pleno andamento. A Noruega está muito preocupada com a situação da proteção civil na Ucrânia e não está menos preocupada com a situação das crianças, razão pela qual está a aumentar os seus esforços de proteção”, disse o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, citado no comunicado.

O Governo da Noruega recordou que já tinha atribuído um total de 800 milhões de coroas norueguesas (70 milhões de euros) em ajuda humanitária à Ucrânia.

Jonas Gahr Støre participou na Cimeira para a Paz na Ucrânia, organizada este fim de semana pela Suíça na sequência de um pedido do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

A conferência juntou representantes de quase uma centena de países e organizações – metade dos quais da Europa -, mas foram várias as ausências (no total foram dirigidos convites a 160 delegações de todo o mundo).

A ausência de maior peso foi a da Rússia, que lançou a guerra na Ucrânia em fevereiro de 2022 e não foi agora convidada. O Kremlin (Presidência russa) contou com a ‘solidariedade’ de vários países, que rejeitaram participar na cimeira dada a sua ausência, como sucedeu com a China.

O comunicado final da cimeira “reafirma a integridade territorial do país” e pede que “todas as partes” estejam envolvidas para se alcançar a paz.

*Com Lusa e AFP