O Autoestima, cujo 20.º aniversário é celebrado este fim de semana na Casa das Artes, no Porto, atua em diversos concelhos dos distritos do Porto, de Braga e de Viana do Castelo.

O programa tem como população alvo trabalhadores de sexo - homens e mulheres – e a sua intervenção tem como objetivo “aumentar o nível de saúde” deste grupo alvo de pessoas, “protegendo-o de infeções sexualmente transmissíveis”.

Em comunicado, a ARS-N afirma que, desde que foi criado, o Autoestima conheceu já 7.044 mulheres, 282 das quais durante o ano passado.

Em toda a sua área de atuação, a ARS-N estabeleceu no ano passado 3.052 contactos e realizou 344 consultas, das quais 75 foram “primeiras consultas médicas”.

Os dados de 2017 indicam também que nos centros de aconselhamento do programa foram registados 979 contactos com enfermagem e 989 contactos com o serviço social.

No total, em 2017, acrescenta a ARS-N, foram distribuídos 112.774 preservativos masculinos, 18.657 preservativos extra forte e 3.263 preservativos femininos, bem como 16.652 lubrificantes.

“Para além do acompanhamento regular nos locais de permanência [destes trabalhadores, designadamente na rua, mas também no interior] e, consequentemente, da distribuição de preservativos, a equipa garante apoio médico, de enfermagem, social e psicológico”, destaca a ARS-N.

De acordo com informação disponível na página da internet do Autoestima, este programa de saúde “tem como parceiros fundadores o Instituto da Droga e da Toxicodependência e a Câmara de Matosinhos, sendo cofinanciado pela Comissão Europeia”.

“Aumentar o nível de saúde dos trabalhadores do sexo, protegendo-os do risco de infeção pelo VIH e outras infeções sexualmente transmissíveis, aumentar o nível de conhecimentos sobre IST/VIH e sobre medidas de prevenção, promover a utilização de preservativos, diagnosticar e tratar precocemente IST, cancro do colo do útero e da mama, aumentar as taxas de cobertura das vacinas do tétano e hepatite B e, entre outros, criar e manter uma base de dados epidemiológica”, são objetivos estabelecidos.

É através de unidades móveis que os técnicos do departamento de saúde pública da ARS-N estabelecem contactos de proximidade com o público alvo.