“A Comissão do [presidente] Juncker comprometeu-se a acabar com a desinformação e com as notícias falsas e este caso não é exceção”, disse hoje o porta-voz do executivo comunitário, Margaritis Schinas.
Em causa está uma campanha que o governo húngaro que está a promover, na qual reproduz uma fotografia do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmando que a população daquele país “tem o direito a saber o que Bruxelas está a preparar” em matéria de migrações.
“Eles [Comissão Europeia] querem introduzir uma quota de migrantes, enfraquecer a proteção das fronteiras dos Estados-membros e facilitar a imigração atribuindo vistos”, está escrito na imagem que está a ser divulgada pelo executivo húngaro nas redes sociais.
Em reação a estas imagens, Margaritis Schinas vincou que “os húngaros merecem factos e não ficção”.
“É chocante que uma teoria de conspiração tão ridícula tenha atingido o expoente máximo”, lamentou o responsável, falando na conferência de imprensa diária da Comissão Europeia, em Bruxelas.
Vincando que “não existem ‘eles’, mas sim uma UE, com a Hungria sentada à mesa”, Margaritis Schinas referiu que a União “não prejudica a proteção das fronteiras nacionais”.
Isto porque “não existem planos para ‘vistos humanitários'” para migrantes, sendo que são os Estados-membros que “decidem até que ponto recebem migrantes legais”, adiantou.
O governo húngaro começou a reproduzir esta imagem na segunda-feira à noite, no âmbito de uma “campanha de informação” sobre as migrações.
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