![Nova concessão de transportes públicos no Alto Tâmega com falhas: Presidente da CIMAT promete correções, antigo operador mostra](/assets/img/blank.png)
Para o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT) as falhas detetadas neste dia de recomeço das aulas, após as férias do Natal, vão ser corrigidas. Para Fernando Queiroga estas falhas são “naturais", explicando que já "se sabia de antemão que no primeiro dia as coisas não iriam ser iguais”.
O serviço, agora designado por “Move Alto Tâmega e Barroso”, foi adjudicado à empresa Flaviamobil, Lda. e é constituído por 61 linhas: oito inter-municipais, 10 inter-regionais, 40 municipais e três urbanas. A concessão tem um período de vigência de sete anos e a despesa inerente a este contrato, segundo já disse a CIMAT, é de cerca de seis milhões de euros.
Este serviço sucede à Auto Viação do Tâmega (AVT), empresa que serviu estas populações durante 80 anos. Com a vasta experiência, e receosos do arranque mostrado em Montalegre, a AVT levou os seus motoristas para uma avaliação de todas as linhas dos concelhos de Chaves, Vila Pouca de Aguiar, Boticas, Ribeira de Pena e Valpaços.
Na análise da AVT foram denotadas "diversas falhas", como "carreiras que não existiram, autocarros avariados, sistemas de bilhética sem funcionar ou mesmo sem existir, incumprimento ou mesmo ausência de horários, jovens à espera sem saber qual, e quando haveria autocarro para os levar às escolas. Jovens que iriam deslocar-se sem passe, uma vez que não o conseguiram comprar dada a falta de informação sobre a mudança de local de aquisição", explicam em comunicado.
Depois desta ação os motoristas da AVT pediram uma reunião com a CIMAT para exporem as "falhas e incumprimentos no serviço estipulado no contrato de concessão”, pode-se ler no comunicado.
Ontem, estes trabalhadores da AVT também estiveram presentes na operação da nova concessão em Chaves e tal como hoje, também recolheram "evidências do incumprimento do contrato de concessão pela nova operadora". Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, afirmou que apesar de “algumas situações de incumprimento" estas não são "muito relevantes”.
O concurso público internacional, lançado pela CIMAT, foi ganho pelo operador espanhol "Agrupamento XES” que constituiu uma empresa em Portugal para executar a concessão, com a designação Flaviamobil Lda. O contrato de concessão foi assinado com a CIMAT a 30 de agosto de 2022 e o visto favorável do Tribunal de Contas foi emitido a 24 de março de 2023.
Em setembro, foi noticiado que a empresa adiou o início da atividade que estava previsto para outubro devido a dificuldades na admissão de motoristas e na legalização de novos autocarros. O primeiro concurso público internacional ficou deserto porque os dois concorrentes apresentaram valores acima do preço base estipulado. No segundo concurso só houve uma empresa candidata, a quem foi atribuída a concessão.
*Com Lusa
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