A agência aduaneira da Nova Zelândia despediu nove trabalhadores fronteiriços que recusaram ser vacinados contra a covid-19, segundo noticia o Guardian. O país exigia que todos os trabalhadores fronteiriços da linha da frente fossem vacinados até ao final de abril.

Em fevereiro, Jacinda Ardern declarou que o governo não iria tornar a vacina obrigatória para o pessoal da linha de frente e que os que recusassem a vacina seriam transferidos para funções de retaguarda. No entanto, não foi possível encontrar outras funções para redistribuir os nove trabalhadores da fronteira marítima, segundo explicou à publicação Jacinda Funnell, vice-chefe da alfândega para pessoas e capacidades.

"Lamentamos que estes indivíduos tenham de deixar o emprego e compreendemos a que a situação é difícil para eles", disse Funnell, explicando que cerca de 95% do pessoal da linha da frente da alfândega que tinha de ser vacinado já tinham recebido a primeira dose e 85% já receberam a segunda dose da vacina.

Desde o início de março, segundo referiu, que a Alfândega estaria a discutir opções com os funcionários, que tinham já sido informados de que "as opções de redistribuição eram muito limitadas devido a não existirem outras funções da Alfândega na área”, tendo sido também avaliada a possibilidade de redistribuição no serviço público em geral.

De acordo com uma ordem do ministério da Saúde, ao abrigo da Lei de Resposta à Saúde Pública Covid-19, qualquer pessoa que trabalhe em ambientes fronteiriços de alto risco deveria estar vacinada até à data limite de 1 de maio. Em abril, a Força de Defesa da Nova Zelândia ameaçou despedir os membros do serviço que se recusassem a receber a vacina contra a covid-19.

"Optar por não cumprir os critérios de imunização resultará numa revisão do serviço futuro de um indivíduo", afirmou Kevin Short, marechal da Força Aérea.

Os sindicatos da Nova Zelândia pronunciaram-se contra o despedimento dos trabalhadores, sugerindo que deveriam ter sido realocados: "Não apoiamos a vacinação obrigatória e não toleraremos discriminação contra os trabalhadores que optem por não vacinar". O sindicato da Associação da Função Pública afirmou que o pessoal fronteiriço não vacinado "deve ser reafetado e os seus direitos laborais devem ser protegidos".