O ex-presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, que se encontra na Bélgica, também foi indiciado, mas anunciou que não vai estar presente.

Oriol Junqueras foi o primeiro a chegar seguindo-se depois os oito membros da Generalitat (consellers), destituídos dos cargos após a aplicação do artigo 155 da Constituição.

Frente ao edifício da Audiência Nacional encontram-se alguns apoiantes dos ex-membros do governo autónomo, sobretudo elementos do PDEcat, assim como estão no local pessoas que se demonstram contrárias ao nacionalismo catalão.

A ex-conselheira Meritxell Borrás, que na quarta-feira estava com Puigdemont na capital belga, compareceu hoje na Audiência Nacional.

No total, compareceram, até ao momento, nove dos 14 indiciados: Junqueras, Borrás, Raul Romeva, Calers Mundó, Santi Vila, Josep Rull, Jordi Turull, Dolors Bassa e Joaquim Fron.

Os antigos ex-membros do governo autónomo chegaram todos juntos, exceto Junqueras que compareceu às 08:10 (07:10 em Lisboa) e de Santi Vila que se demitiu antes da declaração unilateral de independência proclamada por Puigdemont, após o voto secreto no parlamento local.

Santi Vila entrou acompanhado do advogado, Pau Molins.

Até ao momento não compareceram, Carles Puigdemont e os ex-conselheiros (ex-membros da Generalitat), Clara Ponsatí, Antoni Comin e Mritxell Serret.

Desconhece-se ainda a posição de Lluís Puig, antigo responsável pela Cultura do governo autónomo destituído após a aplicação do artigo 155 da Constituição.

A audiência de hoje foi decretada na terça-feira pela juíza Carmen Lamela.

Os 14 ex-membros do governo vão ser ouvidos por delitos de rebelião, sedição, má gestão e outros delitos relacionados com o processo da declaração unilateral de independência da Catalunha.

Após os depoimentos, a juíza deve decretar medidas cautelares.

Fontes ligadas ao processo, disseram à EFE que é provável que venha a ser pedida a prisão preventiva para a “maior parte” dos investigados.

É possível que a juíza venha também a pedir ordens de detenção contra Carles Puigdemont e dos outros quatro ex-membros do governo, três dos quais supostamente na Bélgica, para que prestem declarações perante a justiça espanhola.