As autoridades iranianas relataram novos casos de envenenamento em cinco escolas da cidade de Ardabil, num centro em Urmia e outro em Haftgel, afetando 60 mulheres, informaram vários meios de comunicação estatais iranianos.
Como em casos anteriores, as estudantes afetadas apresentam sintomas como dores de cabeça, dificuldades respiratórias ou tonturas.
Estudantes foram internadas em hospitais, mas os meios de comunicação iranianos não forneceram dados específicos.
O primeiro caso ocorreu numa escola secundária na cidade de Naqdeh-ye, no Curdistão, onde os alunos descreveram sintomas como tonturas, náuseas e dor de cabeça.
O acontecimento chegou a ser noticiado por jornais reformistas como o jornal Shargh, mas todas as notícias que faziam referência ao ocorrido foram mais tarde retiradas dos ‘sites’, disse o jornal Etemad na mesma peça.
Dados fornecidos pelo parlamentar Mohamad-Hassan Asafari, membro de uma comissão criada para investigar os envenenamentos, indicam que cerca de 5.000 alunas já foram vítimas de uma onda de intoxicações por gás que começou em novembro de 2022.
Hassan Asafari afirmou que o Governo iraniano prendeu, até ao momento, mais de 100 pessoas pela suposta responsabilidade pelos envenenamentos, atribuídos a inimigos do país.
Os envenenamentos aconteceram depois de protestos feministas, nos quais alunas de vários institutos do país retiraram os véus e fizeram gestos de desprezo em frente a retratos do fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini.
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