Depois de meses de negociações, o Partido Socialista do Presidente Igor Dodon, arauto de uma aproximação à Rússia e integração na sua união económico euro-asiática, e a aliança pró-europeia ACUM, liderado pela nova primeira-ministra, Maia Sandu, coligaram-se e derrubaram Partido Democrata no poder, dirigido pelo oligarca Vlad Plahotniuc, considerado o homem mais poderoso do país.

O parlamento da Moldávia aprovou o Governo liderado por Maia Sandu, com 61 dos 101 membros do Parlamento.

A aliança entre dois partidos com visões políticas bastante distantes provocou a fúria de Vlad Plahotniuc, cujo partido é a segunda maior força parlamentar, denunciando um “golpe de Estado”.

A formação desta coligação, no entanto, vai contra a opinião do Tribunal Constitucional, que estimou sexta-feira que o Parlamento deve ser dissolvido e novas eleições organizadas devido à impossibilidade de formar um Governo dentro de um prazo de três meses após as eleições de fevereiro.

Um dos países mais pobres da Europa a par da Ucrânia, a Moldávia tem sido abalada desde a sua independência da antiga União Soviética em 1991 por constantes crises políticas e onde permanece um “conflito congelado” a Transnístria, o território separatista pró-russo do leste que escapa ao seu controlo.