“Embora seja verdade que os programas de armas nucleares da Coreia do Norte sejam uma ameaça não apenas à nossa segurança e à do nordeste da Ásia, a porta para o diálogo permanecerá aberta”, disse Yoon, perante cerca de 40 mil pessoas, nos jardins da Assembleia Nacional, o parlamento sul-coreano.
“Se a Coreia do Norte realmente embarcar num processo para completar a desnuclearização, estamos prontos para trabalhar com a comunidade internacional e apresentar um plano ousado que fortalecerá muito a economia da Coreia do Norte e melhorará a qualidade de vida do seu povo”, disse o conservador.
Yoon defendeu que o desarmamento da Coreia do Norte trará “paz e prosperidade” à península e também sublinhou a necessidade de impulsionar o crescimento doméstico.
“A nossa sociedade é atormentada por divisões e conflitos sociais que ameaçam a nossa liberdade e a nossa ordem democrática liberal”, disse o novo presidente.
Yoon venceu as eleições presidenciais em 09 de março por apenas 247.000 votos (0,07% do total), derrotando o liberal Lee Jae-myung.
“Acho que não podemos superar esse problema sem primeiro alcançar um crescimento rápido e sustentável”, que “só será possível por meio da ciência, tecnologia e inovação”, disse Yoon.
O líder do Partido do Poder Popular iniciou o mandato único de cinco anos à meia-noite (15:00 de segunda-feira em Lisboa), com uma videoconferência com o chefe do Estado-Maior Conjunto (JCS, na sigla em inglês), Won In-choul, sobre a vizinha Coreia do Norte.
Yoon, antigo procurador-geral, ordenou aos comandantes militares que mantivessem a prontidão militar e disse que “a situação de segurança na península coreana é muito grave”.
A Coreia do Norte realizou 15 lançamentos de mísseis balísticos desde o início do ano, o último dos quais no sábado.
O Conselho de Segurança da ONU reúne-se de emergência amanhã, a pedido dos Estados Unidos, para debater os mais recentes testes da Coreia do Norte, indicaram na segunda-feira fontes diplomáticas.
Observadores indicaram que, nos últimos meses, imagens obtidas por satélite mostram sinais de que o Norte está a preparar-se para um teste nuclear em instalações no nordeste do país.
Situação na península é "muito grave"
Won, de 61 anos, disse a Yoon Suk-yeol que o regime de Pyonyang está pronto para realizar um teste nuclear caso o líder norte-coreano Kim Jong-un o decida fazer.
Yoon, antigo procurador-geral, ordenou então aos comandantes militares que mantivessem a prontidão militar.
A reunião decorreu no novo escritório executivo da Presidência sul-coreana, no complexo do Ministério da Defesa, no centro da capital, Seul.
A mudança da sede da residência oficial da Casa Azul foi uma das principais promessas de Yoon Suk-yeol durante a campanha eleitoral, “para que a população possa ver, de perto”, o seu local de trabalho, explicou na altura o então candidato.
A mudança obrigou à transferência dos funcionários do Ministério da Defesa para o prédio do JCS, sendo que estes irão, por fases, para um centro de comando de guerra, nos arredores de Seul.
A decisão foi condenada por 11 ex-chefes do JCS, que defenderam que a deslocalização “apressada dos principais escritórios do Governo prejudica a segurança nacional, exige gastos excessivos e viola os direitos de propriedade dos residentes na nova área do escritório presidencial”.
Yoon Suk-yeol fará esta manhã o juramento de tomada de posse e fará o seu discurso inaugural numa cerimónia formal, em Seul.
Cerca de 40.000 pessoas foram convidadas para a cerimónia, que será de longe a mais cara já organizada, com um orçamento de 3,3 mil milhões de won (2,5 milhões de euros). O slogan escolhido para a cerimónia é: “A República da Coreia, uma vez mais! Um novo país para o povo”.
Após vencer as eleições presidenciais, em março, Yoon ofereceu diálogo a Pyongyang, mas, ao mesmo tempo, prometeu ser menos tolerante com as “provocações” da Coreia do Norte.
A Coreia do Norte realizou 15 lançamentos de mísseis balísticos desde o início do ano, o último dos quais no sábado.
O Conselho de Segurança da ONU reúne-se de emergência amanhã, a pedido dos Estados Unidos, para debater os mais recentes testes da Coreia do Norte, indicaram na segunda-feira fontes diplomáticas.
Observadores indicaram que, nos últimos meses, imagens obtidas por satélite mostram sinais de que o Norte está a preparar-se para um teste nuclear em instalações no nordeste do país.
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