O ministro da Informação do Baluchistão, Khurram Shehzad, indicou também um aumento do número de feridos para 127, cinco dos quais em estado grave. O balanço anterior, divulgado no sábado, dava conta de 128 mortos e 122 feridos.
O ataque suicida de sexta-feira ocorreu durante uma manifestação eleitoral no sudoeste do país, e o Paquistão cumpre hoje o segundo de dois dias de luto nacional, com bandeiras a meia haste, lojas fechadas e a realização de cerimónias fúnebres.
Este ataque “foi uma tentativa de sabotar o processo eleitoral, mas o Governo está totalmente comprometido em realizar as eleições”, disse o responsável regional pela Administração Interna, Agha Umar Bangulzai.
Os números divulgados colocam este atentado como o terceiro maior ocorrido no Paquistão, depois do perpetrado num comício da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, em 2007, que causou a morte de 139 pessoas, em Karachi, e do ataque a uma escola de Peshawar, em 2014, que matou 150 pessoas.
As cerimónias fúnebres em Mastung começaram a ser realizadas no sábado.
O ataque teve como alvo um comício do dirigente político Mir Siraj Raisani, que morreu no atentado.
“O atacante estava sentado [entre o público] e explodiu as bombas que carregava no final do comício”, disse o porta-voz da polícia de Mastung.
Muitos dos feridos foram transferidos para vários hospitais na capital da província, Quetta, localizada a cerca de 35 quilómetros do local onde ocorreu o ataque.
Na capital, os serviços de saúde mantêm-se em “estado de emergência”, disse Muhammed Ramzan, porta-voz da polícia provincial em Quetta.
Este ataque foi o segundo ocorrido na sexta-feira durante um comício eleitoral no Paquistão, onde as eleições legislativas serão realizadas a 25 de julho.
Antes, uma bomba escondida numa mota explodiu perto de Bannu (noroeste), durante a passagem do comboio de outro candidato às eleições, matando quatro pessoas e ferindo outras 40, anunciou a polícia.
O candidato visado, Akram Khan Durrani, representante de uma coligação de partidos religiosos (MMA), sobreviveu ao ataque.
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