No encerramento do debate sobre o Programa do XXIV Governo Constitucional, o líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, defendeu que esta discussão marca o momento em que o executivo começou a governar “com iniciativa e capaz de decidir sobre problemas que herdou e medidas que considera prioritárias”.

“Desde a redução do IRS, até pôr o Estado a pagar a 30 dias, aceleração dos fundos comunitários e revogação de medidas punitivas do Alojamento Local, o Governo mostrou coragem, força e determinação, acompanhada de constante abertura para negociar com todas as forças políticas”, disse.

Para Paulo Núncio, este Governo representa uma mudança de atitude política: “Quando a esquerda empata, o centro-direita resolve, quando a esquerda adia, o centro-direita reforma”.

Dizendo que “a capacidade de iniciativa do Governo parece ter apanhado as oposições de surpresa”, Paulo Núncio considerou que as moções de rejeição de BE e PCP que irão ser votadas ao programa “não devem ser medidas pelo efeito político”.

“Não estarei longe da verdade se interpretar estas moções não pelo seu valor, mas pela representação de uma mera competição entre leninistas e trotskistas pela liderança da extrema-esquerda em Portugal”, considerou.

Núncio fez ainda questão de saudar o regresso do CDS ao Governo em áreas tão fundamentais como a Defesa e a Administração Interna, dizendo que, “ao longo dos anos, o CDS foi a voz de polícias e militares”.

“O CDS estará uma vez mais à altura deste desafio, quer no Governo quer no parlamento, o país e os portugueses contarão com o CDS para defender o interesse nacional”, afirmou.