Em declarações à Lusa, o presidente do partido e candidato à Câmara Municipal de Lisboa, Tiago de Matos Gomes, adiantou que o Volt Portugal começou por organizar um desfile próprio, depois de ter considerado injusta a exclusão de partidos e organizações pela comissão promotora.

“Mas como a comissão voltou atrás, não tínhamos como recusar, era o que queríamos”, sustentou, considerando que não faria sentido ter dois desfiles “na mesma cidade, à mesma hora, no mesmo local”.

A comitiva teve de ser ligeiramente reduzida, devido às regras impostas pela organização, passando de quinze para o limite imposto de doze participantes, mas para Tiago de Matos Gomes este deve ser um “momento de unidade”.

“O 25 de Abril deve ser um momento de unidade mais do que divisão”, vincou.

Em comunicado, o Volt Portugal escreve que “assumir o erro e mudar de posição é a atitude certa quando as razões para o fazer são justas”.

“A polémica instalada este ano foi exemplo do que a política não deve ser. O diálogo e o pluralismo são ingredientes fundamentais para uma democracia saudável”, sustentam, esperando “atitudes segregadoras” não se voltem a repetir no futuro.

Na sexta-feira, depois de mais de quatro horas de reunião virtual, a comissão promotora do desfile comemorativo do 25 de Abril de 1974 decidiu abrir o evento à participação de todas as entidades interessadas, embora estabelecendo regras por causa da pandemia, impostas pela Direção-Geral de Saúde (DGS).

A decisão anteriormente tomada limitava a participação às entidades que integram a comissão promotora, o que levou a uma polémica com os partidos Iniciativa Liberal e Volt Portugal, que estavam impedidos de participar.

Entre as regras a cumprir, está o limite de doze pessoas por cada organização, formando “duas filas de seis, separadas de dois metros”, o registo autorizado de todos os participantes (para facilitar o trabalho das autoridades de saúde na eventualidade de surgir algum surto) e as já habituais máscaras e desinfetantes.

No entanto, a Iniciativa Liberal (IL), que já tinha anunciado a sua intenção de realizar um desfile próprio antes da abertura por parte dos organizadores, manteve a sua decisão, considerando que a mudança de posição da comissão foi “tardia” e só surgiu porque a decisão “sectária” inicial foi fortemente criticada.

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