“O Livre podia ter escolhido lutar com a sua deputada", justificou Pedro Selas numa publicação partilhada na rede social Twitter, argumentando que o partido provocou danos nas causas por si defendidas.
Para Pedro Selas, o Livre “não soube nunca estar à altura de uma campanha ou eleição legislativa”, algo que diz suceder desde 2015 com “as péssimas negociações com as outras associações e a forma como tentaram corrigir despejando dinheiro para cima da campanha endividando o partido em perto de 100 mil euros” ou ainda “a longa indefinição com as outras associações sobre a existência de primárias”.
Em 2019, continua, “foi ainda mais grave, após ter feito história” ao conseguir a eleição da deputada Joacine Katar Moreira, “bastou um mês para lançar a confusão interna, aproveitando muito da desinformação externa que circulava em torno” da deputada.
Na carta enviada ao partido, este dirigente do órgão máximo entre congressos anuncia a cessação de todas as suas funções e acrescenta que a sua “ponderação de manutenção enquanto membro” encontra-se dependente “da resposta a duas queixas que apresentadas aos devidos órgãos a 31 de janeiro de 2020”.
Pedro Selas é membro do partido desde 2014, foi eleito no último congresso do para a Assembleia e foi candidato às últimas legislativas pelo círculo do Porto.
O dirigente junta-se assim à deputada Joacine Katar Moreira e ao assessor parlamentar, Rafael Esteves Martins, ambos desvinculados do partido desde a decisão de retirada de confiança política à deputada, agora não inscrita.
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