"Ó Costa, aguenta lá o SNS", disse António Arnaut ao primeiro-ministro, no sábado, quando António Costa procurava saber se o 'pai' do Serviço Nacional de Saúde poderia estar presente no Congresso do PS, que se realiza no próximo fim de semana, na Batalha.

Segundo o primeiro-ministro, António Arnaut informou-o de que estava internado e que, se calhar, não poderia estar presente no congresso, mas que falaria a meio da semana com o secretário-geral do PS para saber se poderia mandar uma mensagem gravada.

No telefonema, a despedir-se, o cofundador do Partido Socialista pediu a António Costa para aguentar o SNS.

"E sim, vamos aguentar o SNS, nesta geração e nas próximas gerações porque o SNS veio para ficar e é, seguramente, uma das grandes marcas e grandes dádivas do Portugal de Abril", vincou o primeiro-ministro, que discursava durante as cerimónias fúnebres.

Os discursos de António Costa e do presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, foram entrecortados por momentos musicais da Orquestra Clássica do Centro, decorrendo a cerimónia na antiga igreja do Convento São Francisco, espaço onde foi apresentado este ano o livro que António Arnaut escreveu com o médico bloquista João Semedo, onde apresentavam propostas para uma nova Lei de Bases da Saúde.

O corpo de António Arnaut saiu às 17:00 de Coimbra para a Figueira da Foz, onde será cremado, por volta das 18:00.

O antigo ministro dos Assuntos Sociais António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde e cofundador do PS, morreu na segunda-feira, em Coimbra, aos 82 anos.

António Arnaut, advogado, nasceu na Cumeeira, Penela, distrito de Coimbra, em 28 de janeiro de 1936, e estava internado nos hospitais da Universidade de Coimbra.

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