“Posso anunciar que, depois de dois concursos infelizmente desertos, estão reunidas as condições, com as propostas apresentadas, para que a adjudicação desta empreitada, no valor de 15,2 milhões de Euros, ocorra, com o começo das obras para breve”, afirmou Tiago Brandão Rodrigues, durante o debate de urgência na Assembleia da República sobre investimento na educação.
Em janeiro, o Governo anunciou que o novo concurso de reabilitação da Escola Secundária de Camões estava pronto para arrancar, depois de dois concursos em que não houve interessados.
Nos últimos anos foram vários os protestos de alunos e professores exigindo a realização de obras que travassem a degradação da escola.
Em fevereiro de 2018, os alunos concentraram-se em frente à escola para exigir uma resposta da tutela às más condições do edifício, lembrando que estão desde 2011 à espera das obras em diversos espaços, entre eles o ginásio, as oficinas de artes e alguns laboratórios de Biologia.
Em meados do ano passado foi lançado um concurso público internacional que não teve concorrentes: o concurso para as obras de requalificação do edifício centenário, na praça José Fontana, envolvia um investimento de 12,46 milhões de euros, mais do que o inicialmente previsto.
O Governo voltou este ano a aumentar a verba para as obras de requalificação - 15,2 milhões –, tendo finalmente aparecido interessados em realizar as obras, segundo Tiago Brandão Rodrigues.
A deputada do CDS-PP Ana Rita Bessa lembrou que o arranque das obras tem sido anunciado pelo ministro desde que tomou posse e tem sido consecutivamente adiado: “Será uma coincidência e teremos em setembro o senhor ministro a lançar a primeira pedra?”, questionou.
Perante as acusações de todas as bancadas parlamentares da oposição de falta de investimento na educação, Tiago Brandão Rodrigues lembrou que foi o anterior executivo a deixar esta escola “ao abandono”.
“Abandono igual que sentia a Escola Artística António Arroio e cujo concurso público, agora com valor reforçado, já seguiu para publicação”, anunciou ainda o ministro.
Também as obras no Conservatório Nacional estão “prestes a começar”, num investimento de mais de dez milhões de euros, indicou.
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