O ponto de situação da preparação deste evento católico, que vai decorrer entre 01 e 06 de agosto de 2023 e que abrange também terrenos do concelho vizinho de Loures, foi feito esta tarde durante a primeira reunião da subcomissão da Assembleia Municipal de Lisboa dedicada à JML.
Durante a sessão, a vereadora com o pelouro da JML e o coordenador deste evento do lado da Câmara de Lisboa, Jorge Oliveira Carmo, deram conta que as obras na capital arrancaram em 01 de junho e contemplam a reabilitação e requalificação dos terrenos onde funcionou o aterro de Beirolas, no Parque das Nações.
“Nunca tivemos um evento desta magnitude em Portugal e não sabemos como estaremos daqui por ano, devido à guerra [na Ucrânia] e à pandemia [de covid-19]. A Câmara de Lisboa está a fazer o que lhe compete”, afirmou Laurinda Alves.
Segundo explicou a autarca, os trabalhos de requalificação urbanística do terreno estão orçados em cerca de 6,9 milhões de euros e deverão estar concluídos dois meses antes do início das JML, apesar do atraso inicial, devido à pandemia.
Será num ponto mais alto deste espaço que será montado o palco onde o papa Francisco falará aos jovens presentes no evento.
Do lado de Lisboa, além da requalificação dos terrenos do antigo aterro de Beirolas está também prevista a construção de uma ponte ciclável e pedonal que ligará a zona ribeirinha da capital com Loures, que deverá estar concluída em outubro deste ano, num investimento de cerca de quatro milhões de euros.
Será também construída uma segunda ponte, com capacidade para o atravessamento de veículos, não existindo para já uma previsão para o início dos trabalhos e conclusão.
Respondendo a algumas questões e preocupações levantadas pelos diversos deputados municipais, Laurinda Alves assegurou que a Câmara Municipal de Lisboa está a trabalhar em articulação com todas as entidades para que “não sejam cometidos os mesmos erros verificados em edições anteriores da JML”.
A questão logística será da responsabilidade da Igreja Católica.
Em fevereiro deste ano, durante uma visita técnica aos terrenos, o coordenador do Grupo de Projeto para a JMJ 2023, José Sá Fernandes, garantiu que estes “estão consolidados” e apresentam “todas as condições para acolher um grande número de pessoas”.
Durante a visita foi também explicado que a intervenção nos terrenos que acolhem a JML prevê a criação de espaços verdes e a construção de duas pontes para ligar a zona ribeirinha dos dois concelhos, assim como o aproveitamento das águas pluviais e residuais para a rega e lavagem das estradas.
Do lado de Loures, a intervenção prevê a retirada de parte dos contentores do Complexo Logístico da Bobadela.
A JMJ é o maior evento organizado pela Igreja Católica, tendo o anúncio da escolha de Lisboa para receber esta edição sido feito em 27 de janeiro de 2019, na Cidade do Panamá.
Inicialmente prevista para agosto de 2022, a pandemia de covid-19 determinou o adiamento da JMJ um ano.
Portugal será o segundo país lusófono, depois do Brasil, a acolher uma Jornada Mundial da Juventude, criada em 1985 pelo papa João Paulo II (1920-2005).
O papa Francisco é esperado em Portugal, no verão de 2023, para o encerramento da JMJ.
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