"Houve uma convergência muito grande quanto à importância de se caminhar para um acordo de concertação social de médio prazo que incidisse não apenas sobre questões relacionadas com rendimentos, leia-se com o salário mínimo, mas também com aspetos relevantes da área laboral e financeira", afirmou.

Segundo Pedro Passos Coelho, um acordo de concertação social de médio prazo poderia incluir aspetos como os processos de recapitalização das próprias empresas, através da "conversão de dívida em capital ou outras soluções", disse.

Pedro Passos Coelho falava aos jornalistas no final de uma reunião com a direção da Confederação do Turismo Português (CTP), no âmbito da preparação da apresentação de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2017, que deverão começar a ser divulgadas após terminar a ronda de reuniões entre com os parceiros sociais, no final desta semana.

O líder do PSD reiterou que a bancada parlamentar apresentará propostas numa perspetiva de "médio prazo", incidindo sobre a "sustentabilidade das finanças públicas e dos sistemas previdenciais" e, por outro lado, para o crescimento da economia.

Questionado pelos jornalistas, o presidente da CTP, Francisco Calheiros, considerou que o Orçamento do Estado para 2017, aprovado na sexta-feira na generalidade, contém aspetos positivos, como a isenção das empresas turísticas do pagamento do adicional do IMI (imposto municipal sobre imóveis).

Por outro lado, à exceção do setor do Turismo, "perdeu-se algumas oportunidades, no sentido de haver mais medidas de reforço do investimento" e "pouco é dito em relação à reforma do Estado".