“Estamos a avaliar uma multiplicidade de propostas de alteração [ao Orçamento de Estado] e as nossas preocupações centram-se, sobretudo, na salvaguarda da racionalidade daquilo que poderá acontecer nas votações das propostas de especialidade”, disso aos jornalistas Carlos César à margem de uma visita que efetuou hoje à ilha da Culatra, no distrito de Faro.
O líder parlamentar socialista afirmou que “não esconde” a preocupação com alguma indisciplina do ponto de vista orçamental que possa resultar de uma votação menos cuidada por parte dos partidos políticos, “inclusive daqueles que apoiaram a investidura do Governo”.
“Temos procurado junto do Bloco de Esquerda, do PCP e do PEV, alertar para que um orçamento que não tenha equilíbrio e sustentabilidade, é um orçamento que não beneficiará nem prestigiará a política como é aquela de um Govereno apoiado pela esquerda portuguesa”, sublinhou.
Questionado sobre a possibilidade de o PSD e PCP aprovarem a proposta de alteração ao Orçamento de Estado para 2019 relativa ao tempo de contagem na carreira dos professores, Carlos César afirmou que o problema “é justamente esse”.
“Eu espero que isso não aconteça e por isso tenho alguma preocupação e renovo, em nome do Partido Socialista, o apelo a todos os partidos políticos para que tenham esse sentido de responsabilidade”, destacou.
Na opinião de Carlos César, o único travão para que isso não aconteça, “é o travão à irracionalidade”.
Os professores pretendem que seja contabilizado todo o tempo de serviço congelado em termos de progressão na carreira, nove anos, quatro meses e dois dias, mas o Governo aprovou um decreto que atribui apenas dois anos, nove meses e 18 dias".
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