"Esta foi uma primeira reunião de negociação. Como tenho dito todos os anos, as negociações fazem-se à mesa", declarou Catarina Martins após cerca de duas horas e meia de reunião com António Costa, nas instalações provisórias do líder do executivo, no Terreiro do Paço.
Catarina Martins recusou-se depois a esclarecer os jornalistas sobre se o Bloco de Esquerda já tinha apresentado ao primeiro-ministro um caderno reivindicativo.
A coordenadora do Bloco de Esquerda estava acompanhada pelo seu líder parlamentar, Pedro Filipe Soares, e pelos dirigentes Mariana Mortágua e Jorge Costa.
Além de António Costa, o Governo fez-se representar na reunião pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, e pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos.
A reunião estava agendada para as 17:00, mas António Costa só chegou ao Terreiro do Paço depois das 17:30, vindo de uma sessão de apresentação do Programa Nacional de Investimentos 2030, no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).
Até agora, o primeiro-ministro ainda não se pronunciou sobre negociações com parceiros parlamentares para a elaboração da proposta de Orçamento do Estado para 2019.
Por sua vez, na segunda-feira, questionada pelos jornalistas sobre esta reunião de hoje, Catarina Martins respondeu: "Como eu, aliás, julgo que tenho repetido, todos os anos por esta altura, neste momento as negociações fazem-se à mesa".
"O Bloco de Esquerda fará várias reuniões, umas mais setoriais do que outras. Teremos sempre a mesma posição: seremos a garantia do cumprimento dos acordos que fizemos em 2015: recuperar salários e pensões, proteger os serviços públicos", disse.
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