Em declarações aos jornalistas à margem da conferência sobre "O envelhecimento em Portugal e a sociedade portuguesa no futuro", promovida pelo Centro Comunitário da Gafanha do Carmo, em Ílhavo, Catarina Martins garantiu que “não há este ano nenhuma novidade em relação aos anos anteriores” e que o BE fará “como tem feito todos os anos, uma negociação setor a setor” do Orçamento do Estado para 2019.
Uma negociação que, disse, “é sempre complicada e tem sempre as suas dificuldades, para recuperar rendimentos do trabalho, salários e pensões, combater as desigualdades”.
Segundo a líder do BE, o acordo firmado em 2015 “está escrito e tem medidas” e algumas “têm de ser implementadas no último Orçamento do Estado.
“Nós temos um caderno de encargos claro sobre várias medidas e estamos à espera que neste Orçamento do Estado se dê resposta a elas. O que assinámos em 2015 tem de ser cumprido. Para além disso, que ninguém põe em causa, temos feito todos os anos uma negociação para perceber onde é que se pode ir mais longe do que o acordado”, afirmou.
A líder do Bloco salientou ainda que “o país não ficou parado e há outras questões a que é preciso responder” e que, com a economia a crescer, “há hoje disponibilidade para responder melhor a problemas que o país tem, onde 2,4 milhões de pessoas vivem em situação de pobreza”.
“Temos divergências que já eram conhecidas. O PS, BE e PCP têm posições diferentes sobre várias matérias, mas assinámos acordos que têm a base da negociação dos orçamentos do Estado a cada ano e é isso que temos feito. Este ano estamos para negociar o Orçamento, um trabalho que é difícil, mas que terá de ter a mesma disponibilidade dos anos anteriores dos vários partidos e do governo para ser possível”, concluiu.
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