"Só no fim, depois de ter o panorama global do Orçamento, a seguir ao tal debate e à tal votação na especialidade, é que se pode formular um juízo", disse o chefe de Estado, em resposta à comunicação social, à saída da apresentação de um livro na Reitoria da Universidade de Lisboa.

Sobre o debate orçamental que hoje começa no parlamento, na generalidade, observou que é feito num clima em que está afastada "uma crise política", conforme tinha antecipado há meses, e que "a atenção se concentra depois no debate na especialidade" - em que apelou a que não venha a haver acertos "no último segundo".

Marcelo Rebelo de Sousa referiu que já há meses tinha afirmado que lhe parecia "uma evidência que não iria haver uma crise política por causa do Orçamento e que a legislatura chegaria ao fim".

"Portanto, o debate do Orçamento é feito neste clima. Quer dizer, quando se avança para o debate, ao contrário do que aconteceu com outros orçamentos, já se sabe qual é a posição final de voto daqui por dois dias", acrescentou, antevendo que, por isso, "a atenção vai estar mais debruçada sobre o debate e a votação na especialidade".

Depois, o chefe de Estado manifestou a expectativa de que nesse debate na especialidade "não houvesse o guardar para o último minuto, para o último segundo quanto a questões em que é preciso haver acertos ou alterações ou modificações ou melhorias".

"Porque depois isso atrasa a redação final e atrasa a chegada e torna mais complicada a chegada às mãos do Presidente para promulgação. Isso a mim é aquilo que me preocupa", reforçou.