“Naturalmente, que [a escolha] foi concertada com direção do partido”, assegurou.

No final do debate na generalidade da proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2019, Fernando Negrão foi questionado sobre se a escolha de deputados como o ex-líder parlamentar Hugo Soares, a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque ou da antiga vice-presidente do partido Teresa Leal Coelho foi uma resposta às críticas recentes de que havia silenciamento de parte da bancada social-democrata.

“Não. O Orçamento do Estado envolve a intervenção de muitos deputados, temos deputados que não falavam há muito tempo, temos outros que não falaram hoje e falarão noutras oportunidades. É uma questão de organização dos trabalhos”, justificou.

Questionado em particular sobre a escolha de Hugo Soares, a quem sucedeu na liderança parlamentar sob a direção do novo presidente Rui Rio, Fernando Negrão deixou um elogio ao trabalho do seu antecessor.

“A escolha de Hugo Soares foi a escolha de um deputado que tem muita qualidade, já deu provas disso, assim como os restantes”, afirmou.

Sobre o facto de ter aplaudido sentado a intervenção de Hugo Soares, tal como o primeiro vice-presidente da bancada Adão Silva, quando a esmagadora maioria dos deputados sociais-democratas o fizeram de pé, Negrão rejeitou quaisquer divisões.

“Não há divisão nenhuma. Os únicos que ficaram sentados fui eu e outro deputado porque nós estamos no comando dos trabalhos parlamentares”, justificou.

O líder parlamentar do PSD salientou que “organizar um debate parlamentar no âmbito do OE não é fácil” e “o debate não para com a intervenção de qualquer deputado”.

Sobre a próxima fase da discussão orçamental, a especialidade, Fernando Negrão assegurou que o partido irá apresentar propostas “em várias áreas”, mas escusou-se a adiantar medidas concretas.

“Não nos queremos adiantar, ouviremos os ministros primeiro e depois faremos a apresentação das propostas”, afirmou.