Esta posição foi transmitida pelo líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, no final de uma reunião de cerca de 40 minutos, na Assembleia da República, em que o Governo apresentou as principais linhas da proposta de Orçamento do Estado para 2020.

Perante os jornalistas, Pedro Filipe Soares deixou para o Governo a divulgação do cenário macroeconómico inerente à proposta orçamental do próximo ano e adiantou que, no processo negocial com o executivo socialista, persiste um quadro de "dificuldade".

"O Bloco de Esquerda já identificou as suas prioridades: Continuidade na reposição de rendimentos, com a política salarial e fiscal a andarem a par para garantir mais rendimentos às pessoas; confirmação no caminho de recuperação de direitos; e assegurar que bens de primeira necessidade, caso da energia, deixam de ser tão onerosos como atualmente. É conhecido também das dificuldades que encontrámos", salientou Pedro Filipe Soares, tendo ao seu lado os deputados do Bloco de Esquerda Jorge Costa e Mariana Mortágua.

Neste momento, segundo o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, a perspetiva é ainda de "esperar" por novas propostas que o Governo venha a colocar em cima da mesa.

"Nestas matérias, ainda não conseguimos chegar a patamares de entendimento com o Governo, já que aquilo que está em cima da mesa fica aquém das necessidades do país. Não estamos perante um processo fechado, ainda faltam alguns dias para a entrega do Orçamento e, depois, ainda haverá um processo de especialidade", frisou.

Em resposta às questões formuladas pelos jornalistas, Pedro Filipe Soares escusou-se a entrar em detalhes, apenas adiantando que o Bloco de Esquerda "aguarda que haja da parte do Governo uma abertura para avançar em diferentes" domínios, "ou até ao período de apresentação do Orçamento, ou no período de especialidade".

Questionado sobre o facto de o Bloco de Esquerda já referir a fase de negociações com o Governo na especialidade, antes do debate na generalidade, Pedro Filipe Doares observou que, "na realidade, não se consegue passar de uma para a outra" fase.

"Antes tem de haver a apresentação do Orçamento do Estado, coisa que compete ao Governo. Da nossa parte, já identificámos quais são as prioridades - prioridades que são claras e importantes para as pessoas. Mas, até agora, da parte do Governo, ainda não houve resposta do Governo. Até ao último minuto estaremos à espera que possam vir boas notícias", acrescentou.

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