Para o líder do Chega, os partidos da esquerda cederam à “chantagem” feita pelo Governo que já lhes tinha, “por detrás do cortinado”, prometido “migalhas”.

“O ar feliz e satisfeito com que o primeiro-ministro entra hoje neste parlamento é bem sintomático do que aqui aconteceu”, começou por dizer André Ventura.

No encerramento do debate sobre o Orçamento do Estado para 2020 (OE 2020), o deputado único acusou o Governo e a esquerda de “virar a cara” aos polícias, aos professores, aos empresários e à administração pública, cedendo às pressões “de quem diz que se vai demitir”.

Esta manhã, o Chega, que tinha já votado a favor da descida do IVA da eletricidade dos 23% para a taxa mínima de 6%, proposta que foi chumbada pelo parlamento, considerou ainda que este orçamento diz aos portugueses "que têm que pagar".

“Porque não o IVA a 25, a 27 ou a 29%? Quem sabe um dia, esta esquerda também dirá, que em nome da grande urgência ambiental que vivemos no nosso tempo, porque não um IVA a 30%?", ironizou.

Quanto à proposta que visa o aumento do IVA da tauromaquia de 6% para 23%, já aprovada, foi descrita pelo deputado como “um ataque histórico” e o “primeiro passo para matar uma arte histórica em Portugal”, afirmou.

“Começamos a matar o mundo rural e é este Governo e esta maioria que têm que ser responsáveis”, declarou o deputado.

André Silva deixou ainda críticas ao orçamento atribuído para o combate à corrupção, que considerou ser insuficiente, e ao fim do visto do Tribunal de Contas “em algumas das obras que vão ser levadas a cabo no próximo ano”.