"Obviamente, enquanto este Orçamento tiver como substância, como conteúdo a repetição de mais do mesmo, o benefício dos do costume e o prejuízo para quem trabalha ou trabalhou, então, naturalmente, pergunto como podem exigir do PCP um voto a favor de matéria de um documento que reflita opções de classe, opções do lado dos poderosos", disse em entrevista à Antena 1.
"Nesse sentido, eu estou a fazer um juízo de valor precipitado. Ainda não conhecemos os conteúdos dessa proposta de Orçamento, mas que fique claro que este é um momento de opções", afirmou.
Este domingo, numa conferência de imprensa após uma reunião do comité central do partido, Jerónimo de Sousa disse recusar “pressões” ou “chantagens com base numa suposta crise” política, admitida pelo próprio primeiro-ministro caso o OE2021 fosse chumbado.
De “espírito aberto”, o líder comunista afirmou que o partido parte para “o diálogo” com o Governo com uma perspetiva de “construir e criar propostas”, mas sublinhou que é necessária “uma mudança na vida política”, com uma “política alternativa”.
“Áreas sensíveis” para o dossiê do orçamento, disse Jerónimo de Sousa, são os salários e os direitos dos trabalhadores, o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou ainda a defesa da Cultura.
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