A edição de hoje do jornal Evening Standard, de Londres, publica na primeira página uma declaração de Lebedev.
“Presidente Putin, por favor, pare esta guerra”, lê-se na primeira página do jornal, que tem em destaque uma imagem de médicos que lutam para salvar uma menina de seis anos vítima de um bombardeamento em Mariupol, a segunda maior cidade do Donbass (leste da Ucrânia).
“Como cidadão russo, peço-lhe que impeça os russos de matar os seus irmãos e irmãs ucranianos. Como cidadão britânico, peço-lhe que salve a Europa da guerra”, escreveu Lebedev, no texto publicado no jornal.
Lebedev, cujo pai, o também oligarca Alexander Lebedev, chegou a trabalhar para os serviços secretos da antiga União Soviética (KGB), tornou-se membro da Câmara dos Lordes (câmara alta do Parlamento do Reino Unido) em 2020.
Também os oligarcas Oleg Deripaska, aliado de Putin, e Mikhail Fridman, que está na lista de sanções dos Estados Unidos, pediram o fim da violência.
Enquanto isso, o empresário russo Roman Abramovich aceitou um pedido da Ucrânia para ajudar a mediar as conversações de paz com a Rússia, disse hoje uma porta-voz do proprietário do clube inglês de futebol Chelsea.
“Posso confirmar que Roman Abramovich foi contactado pelo lado ucraniano para apoio na obtenção de uma resolução pacífica, e que tem tentado ajudar desde então”, disse a porta-voz, citada pela televisão Al Jazeera.
A porta-voz recusou-se a comentar a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, bem como o envolvimento de Abramovich, “considerando o que está em jogo”.
O envolvimento de Abramovich na mediação do conflito foi inicialmente noticiado pelo jornal britânico Jewish News, que disse que as autoridades ucranianas tinham contactado o empresário russo através dos seus contactos judeus na Ucrânia.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev.
A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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