Esta autarquia do distrito de Coimbra, contudo, admitiu que a população do município ainda precisa de materiais de construção, móveis, eletrodomésticos e rações para animais.
“Tem havido muita solidariedade e, por isso tudo isso, agradecemos muito. Contudo, precisamos de apelar para que roupas e outros artigos têxteis, assim como alimentação, sejam direcionadas para outras comunidades também afetadas, já que aqui temos as necessidades satisfeitas”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino.
Mais de uma centena de pessoas ficaram desalojadas neste concelho. Dos 45 mortos registados nos incêndios de dia 15, 12 são de Oliveira do Hospital.
Os prejuízos dos incêndios nas empresas de Oliveira do Hospital rondam os 100 milhões de euros e os apoios anunciados pelo Governo para a sua recuperação “são insuficientes”, afirmou na sexta-feira o presidente da Câmara.
“Temos um caderno reivindicativo de que não abdicaremos e estamos em constante negociação para corrigir o que deve ser corrigido”, disse José Carlos Alexandrino, na cerimónia em que tomaram posse os novos titulares da Câmara e da Assembleia Municipal deste concelho do distrito de Coimbra.
Oitenta e cinco empresas foram destruídas e 450 trabalhadores foram afetados, neste município, pelos incêndios.
As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.
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