“É hediondo atacar a praça principal de uma cidade grande pela manhã, quando as pessoas estão a caminhar, algumas a caminho da igreja para celebrar um feriado religioso”, afirmou a coordenadora humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) na Ucrânia, Denise Brown, citada em comunicado.
A responsável acrescentou que condena este “padrão de ataques russos repetidos em zonas povoadas da Ucrânia, provocando a morte, a destruição em massa e crescentes necessidades humanitárias”.
“Tem de parar”, reforçou Denise Brown, algumas horas depois do ataque com mísseis na cidade, localizada a 100 quilómetros da fronteira com a Rússia.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que se encontra atualmente em visita oficial à Suécia, condenou o incidente nas suas redes sociais e acrescentou que estas ações mostram o que é “viver ao lado de um Estado terrorista”.
“Um míssil russo atingiu o coração de Chernihiv, uma praça, uma universidade e um teatro. A Rússia transformou um sábado normal num dia de luto e perda. Há vítimas. As minhas condolências a todos os que perderam um ente querido […]. É contra isto que estamos a unir o mundo inteiro”, escreveu na sua conta na rede social X, antigo Twitter.
“Exorto o mundo a enfrentar o terrorismo russo. Deem à Ucrânia ferramentas adicionais para salvaguardar a vida. Para que a vida ganhe, a Rússia tem de perder esta guerra”, sublinhou Zelensky.
Chernihiv, que fica a 140 quilómetros a norte de Kiev, tem sido uma cidade constantemente cercada pelas tropas russas desde o início da invasão — em fevereiro de 2022 -, embora o exército ucraniano tenha conseguido conter os seus ataques e evitar que caísse sob controlo inimigo.
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