"[A nomeação de António Guterres] vai dar uma oportunidade adicional para que se saiba mais sobre a CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] e acreditamos que vai contribuir significativamente para a projeção da imagem da CPLP no mundo", disse à Lusa em Maputo o porta-voz da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), António Niquice.
Assinalando o cariz histórico e inédito da designação de Guterres, Niquice considerou que a nomeação é também um reconhecimento do papel da CPLP e da lusofonia no concerto das nações.
"É um momento que enaltece os valores históricos que tem a ver com a lusofonia e com a CPLP", acrescentou António Niquice.
Guterres foi indicado na quarta-feira como favorito para secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo Conselho de Segurança à Assembleia-geral, que deverá aprovar o seu nome dentro de alguns dias.
O Conselho de Segurança anunciou que o português é o "vencedor claro" da votação, recebendo 13 votos de encorajamento e duas abstenções, uma das quais de um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança com direito de veto.
Este órgão, com poder de veto, deverá aprovar hoje uma votação formal a indicar o nome de António Guterres para a Assembleia-Geral das Nações Unidas, formalizando assim a eleição do sucessor de Ban Ki-moon.
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