A resolução aprovada hoje foi apoiada por 191 países e apenas contrariada pelos Estados Unidos e Israel.
No ano passado, os Estados Unidos abstiveram-se pela primeira vez na votação da resolução, em consequência da aproximação do então presidente norte-americano, Barack Obama, ao poder cubano, restabelecendo relações diplomáticas e aligeirando o embargo comercial.
A embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, declarou que "todos os anos, a Assembleia Geral perde o seu tempo a examinar esta resolução", aprovada desde 1991.
A diplomata garantiu que os EUA não procuram o isolamento, mas vão continuar a votar contra este tipo de resoluções "enquanto o povo cubano estiver privado dos seus direitos".
"O bloqueio a Cuba está inscrito na lei americana e só o Congresso americano pode terminá-lo", apontou, referindo o "estado deplorável da economia cubana" e a "opressão do povo" como razões para isso não acontecer.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodriguez, criticou as "declarações irresponsáveis" de Nikki Haley, acusando-a de ser cínica e de desprezar a carta das Nações Unidas.
Os russos e chineses também criticaram na ONU o que Moscovo chamou "recuo evidente" dos americanos em relação a Cuba e "retórica belicista" dirigida à ilha a que os Estados Unidos impuseram um bloqueio em 1959.
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