As declarações de Mark Lowcock foram proferidas na terça-feira, à margem de uma conferência de imprensa, em Genebra, para apresentação do plano humanitário global para 2019 - no mesmo dia em que a delegação dos rebeldes Houthi chegou a Estocolmo, local onde vão decorrer as negociações de paz, previstas para o final da semana.
A delegação do governo do Iémen deixou hoje a capital saudita, Riade, em direção à Suécia, disseram duas fontes próximas da delegação à agência noticiosa francesa AFP.
O conflito no Iémen opõe os Houthis, alinhados com o Irão, contra as outras forças iemenitas apoiadas por uma coligação leal ao Presidente Abd-Rabbu Hadi, liderada pela Arábia Saudita e pelos Estados Unidos.
Desde a intervenção da coligação militar sob comando saudita, os combates já mataram cerca de dez mil pessoas e feriram mais de 56 mil, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Mas as organizações não governamentais acreditam que o número real de vítimas diretas e indiretas será muito maior.
De acordo com estimativas da ONU, quase 80% da população (agora cifrada em cerca de 25 milhões de pessoas) precisa de alguma forma de proteção e de assistência humanitária.
Em todo o país, 18 milhões de pessoas estão em situação de “insegurança alimentar”, dos quais 8,4 milhões sofrem de “fome extrema”, segundo um relatório da ONU.
A ONU diz que precisa de quatro mil milhões de dólares (cerca de 3,5 mil milhões de euros), para ajudar 15 milhões de pessoas no Iémen, ao longo do próximo ano.
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