A pedido dos Estados Unidos, trata-se da quantidade de entidades sancionadas mais significativa na aplicação de resoluções da ONU adotadas em resposta aos testes nucleares e balísticos de Pyongyang, informou o diplomata, que solicitou o anonimato.
Esta lista "histórica" é um "sinal forte da unidade da comunidade internacional nos nossos esforços por manter uma pressão máxima sobre o regime norte-coreano", disse num comunicado a embaixadora americana nas Nações Unidas, Nikki Haley.
A medida faz parte de uma operação global contra o tráfico de produtos norte-coreanos em violação às resoluções do Conselho de Segurança que haviam sido adotadas em resposta aos testes nucleares e balísticos de Pyongyang.
Foi proibida a entrada de 13 barcos petroleiros e cargueiros norte-coreanos a portos de todo o mundo assim como a outros 12 navios por ajudar Pyongyang a traficar produtos e combustível, segundo um documento da ONU ao qual a AFP teve acesso.
Outros dois navios da Coreia do Norte foram objeto de apreensão de bens, mas a entrada nos portos não foi proibida.
Um total de 21 companhias de navegação foram alvo de sanções. Três delas estão baseadas em Hong Kong, incluindo Huaxin Shipping, que transportou carvão norte-coreano ao Vietname em outubro passado.
Doze empresas norte-coreanas foram colocadas na lista negra por tráfico ilícito de combustível, segundo o documento.
Outras duas empresas - Shanghai Dongfeng Shipping e Weihai World Shipping Freight, baseadas na China - foram sancionadas por transportar carvão norte-coreano nos seus barcos.
As restantes empresas estavam baseadas em Singapura, Samoa, Ilhas Marshall e Panamá.
Um empresário, identificado como Tsang Yung Yuan, foi objeto de uma proibição global de viajar e congelamento de contas bancárias, por organizar o transporte de carregamentos ilegais de carvão da Coreia do Norte através de um intermediário norte-coreano na Rússia.
As sanções foram aprovadas num momento em que os Estados Unidos se dispõem a iniciar um diálogo direto com a Coreia do Norte, com uma possível cúpula entre o presidente Donald Trump e Kim Jong Un no final de maio.
Apesar dessa abertura diplomática, os Estados Unidos deixaram claro que continuarão a pressionar Pyongyang através da implementação das sanções para que acate as resoluções.
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