Milhares de civis continuam sitiados na parte oriental da cidade no norte da síria, depois da suspensão, na sexta-feira, de uma operação de resgate que permitiu a saída de cerca de 10 mil pessoas.
“Estamos, em conjunto com outras organizações, a fazer o que podemos por milhares de civis que foram forçados a fugir, mas a intervenção humanitária pode fazer pouco para ajudá-los nestas circunstâncias”, declarou o responsável da agência das Nações Unidas para os Refugiados.
“As atrocidades tornaram-se numa coisa normal e já se perderam demasiadas vidas”, acrescentou.
Ninguém conhece o número de baixas em Alepo, desde que há dois meses as forças governamentais, apoiadas pela Rússia, lançaram a última grande ofensiva contra os rebeldes, que tinham tomado o controlo de 70% da cidade em 2013.
Grandi reiterou o pedido das Nações Unidas para que acabem as ações militares e se permita a saída segura da população que permanece na zona oriental de Alepo.
O responsável recordou que, para as pessoas que aí se encontram, a situação é cada vez mais crítica à medida que passam as horas, sujeitas, para além de tudo o mais, à intempérie e a temperaturas muito baixas, enquanto esperam ser retiradas.
A agência das Nações Unidas entregou pacotes de emergência para 8 mil crianças fugidas de Alepo nos últimos dias, indicou ainda o responsável.
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