O fundador do Grupo Lena vai ser novamente ouvido pelo Ministério Público esta quinta-feira.
A informação avançada pela SIC surge no mesmo dia em que se soube que Sócrates vai ser interrogado novamente, na segunda-feira à tarde, no âmbito da "Operação Marquês".
Em causa estarão novos elementos do processo. O jornal Expresso diz que a acusação acredita ter provas "robustas" para acusar o ex-primeiro-ministro de corrupção. Segundo o semanário, os procuradores acreditam que Sócrates foi corrompido por 23 milhões de euros.
A Procuradoria-Geral da República confirmou este sábado que o ex-primeiro-ministro José Sócrates será interrogado na segunda-feira à tarde no inquérito "Operação Marquês" e que o empresário Carlos Santos Silva foi inquirido na sexta-feira, naquilo que se prevê ser uma verdadeira maratona de interrogatórios.
A ‘Operação Marquês’, cujo principal arguido é o ex-primeiro-ministro José Sócrates, conta agora com 25 arguidos – 19 pessoas e seis empresas, quatro das quais do Grupo Lena.
Entre os arguidos estão o ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos e antigo ministro socialista Armando Vara, Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro, Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena, João Perna, antigo motorista do ex-líder do PS, Paulo Lalanda de Castro, do grupo Octapharma, Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, ex-administradores da PT, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e os empresários Diogo Gaspar Ferreira e Rui Mão de Ferro e o empresário luso-angolano Hélder Bataglia.
Dois anos após o início do inquérito, que a 20 de novembro de 2014 fez as primeiras detenções, a investigação do Ministério Público continua sem que exista acusação ou arquivamento, estando prevista uma decisão para 17 de março.
[Notícia atualizada às 19:47]
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