“A luta continua”, reagiu o líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon, enquanto a dirigente da extrema-direita, Marine Le Pen, considerava que “o destino político da reforma das pensões não está selado”
A decisão do Conselho foi adotada na sequência de meses de manifestações e de batalha política contra este projeto decisivo do segundo quinquénio de Emmanuel Macron.
O dirigente do Partido Comunista, Fabien Roussel, apelou ao Executivo para “não promulgar” a lei validada pelo Conselho Constitucional.
“Receio uma erupção social, receio hoje um transbordamento”, alertou, e quando diversas manifestações contra o projeto foram assinaladas por violência, incêndios nas ruas e uma forte atuação policial.
“Caso seja promulgado, o Presidente não poderá continuar a governar o país”, declarou Mathilde Panot, responsável do partido da esquerda radical A França Insubmissa (LFI).
“A mobilização prossegue mais que nunca e não deixaremos que esta reforma prossiga o seu caminho”, disse, e quando as manifestações, com a participação de centenas de milhares de pessoas desde janeiro, parecem estar a perder o fulgor inicial.
Pelo contrário, o chefe da direita tradicional, Eric Ciotti, apelou a “todas as forças políticas” que “aceitem” a decisão, ao considerar que “a censura de diversos artigos [pelo Conselho] sanciona os erros de método do Governo”.
Já os sindicatos franceses convocaram uma "mobilização excepcional" para o primeiro de maio contra esta medida. Os sindicatos pediram, em nota conjunta, ao Presidente Macron que "não promulgue a lei. Esta é a única maneira de acalmar a violência no país".
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