“Desde que foi criada a Telesur tem sido usada para promover a desestabilização da região (América Latina), apoiar grupos terroristas, atentar contra a democracia, mentir sobre a Venezuela e defender a ditadura de (Nicolás) Maduro”, disse aos jornalistas.

Segundo Juan Guaidó, a reestruturação visa garantir que as emissões estejam “ao serviço da verdade, da pluralidade e da democracia” na região.

A nova comissão, cujos membros vão ser conhecidos nos próximos dias, deverá garantir que o novo conteúdo seja transmitido e sintonizado progressivamente dentro e fora da Venezuela.

“A comissão assumirá a tarefa de coordenar, com os aliados na região, o começo do processo de substituição efetiva do sinal atual, por um novo conteúdo plural e democrático”, disse.

A presidente da Telesur, Vladimir Villejas, já questionou o anúncio e as intenções de Juan Guaidó.

“O deputado fala do que não sabe e claramente não entende (…) os que dizem defender a liberdade de expressão ameaçam um meio de comunicação. Jornalistas, grémios, instituições e Estados, tomem nota, a Telesur continuará com o seu trabalho, merecedor de amplo reconhecimento mundial”, escreveu na sua conta na rede social Twitter.

A Telesur é uma rede de televisão multi-estatal para América fundada em 2005.

A sede está em Caracas e a criação desta rede de televisão resultou de uma aliança dos governos da Venezuela, Nicarágua, Cuba e Uruguai.

A Argentina e o Equador chegaram também a incluir programação regular na emissão da Telesur que conta com correspondentes em vários países da região, entre eles o Brasil e a Colômbia.

A oposição venezuelana tem acusado a Telesur de promover a esquerda latino-americana e ser um veículo de propaganda do Governo da Venezuela.