José Brito salientou que o orçamento do próximo ano aumenta em cerca de 10 milhões o estipulado para 2017, pois engloba projetos diversos na área da reconstrução de habitações, infraestruturas e equipamentos públicos afetados pelos fogos.
“Esta diferença de valores é enorme por esta razão”, disse, indicando que algumas obras relacionadas com os prejuízos provocados pelos incêndios de junho “já foram postas a concurso” e que os restantes processos “estão a ser encaminhados”.
O autarca do PSD frisou que das mais de 600 casas deste município do interior, no distrito de Coimbra, atingidas pelos fogos deste ano, a maior parte delas em outubro, cerca de 250 são de primeira habitação.
Há “muitas outras” que não “são bem de segunda habitação”, mas sim de famílias naturais da Pampilhosa da Serra que vivem fora, maioritariamente na zona de Lisboa, e “regressam frequentemente” ao concelho ao longo do ano.
“Se estas pessoas não tiverem casa, deixam de vir ao concelho”, explicou, ao preconizar que será necessário o Estado, em articulação com a autarquia, desbloquear “ajudas também nestes casos”, a fim de minimizar impactos negativos, tantos sociais como económicos.
José Brito disse que tem vindo “a sensibilizar o Governo” e o próprio primeiro-ministro, António Costa, para o problema.
A reconstrução das habitações, com prioridade para as de primeira residência, “é uma tarefa enorme”, afirmou, ao admitir que “não se consiga” a sua reabilitação total com a brevidade desejada pelos lesados e pelos poderes públicos, podendo nalgumas situações demorar “dois ou mais anos”.
A construção de seis novas salas de aula na sede do Agrupamento de Escolas da Pampilhosa da Serra (quatro para o 1º Ciclo do Ensino Básico e duas para o nível pré-escolar), a modernização do Mercado Municipal e a criação de um parque de autocaravanas, na vila, são alguns dos investimentos mais importantes da autarquia para 2018, com dotações aproximadas de um milhão de euros, 900 mil euros e 400 mil euros, respetivamente.
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